sábado, 13 de agosto de 2011

Cassandra quer plano de prevenção e combate a incêndios em favelas

O incêndio que destruiu 24 barracos do Caminho da Divisa, na quarta-feira (dia 10 de agosto) – mais uma entre tantas ocorrências já registradas na Zona Noroeste - evidenciou a incapacidade da Prefeitura de colocar em prática um plano de prevenção a incêndios nessas áreas. A opinião é da vereadora Cassandra Maroni Nunes (PT), que já presidiu uma comissão na Câmara sobre o tema.

O trabalho do grupo, em 2003, resultou na elaboração de um plano de prevenção e combate a incêndios em favelas. A estratégia previa recursos para capacitar a população, formando brigadistas e fornecendo infraestrutura. Um curso chegou a ser ministrado pelos Bombeiros para moradores da Vila Butantã.
A favela escolhida foi mapeada e 25 moradores destacados receberam curso de brigadista, com 10 aulas sobre prevenção e combate a incêndios e primeiros socorros.

Com base em informações do próprio Corpo de Bombeiros, de que as principais causas de incêndio em favelas são acidentes domésticos (ferro elétrico, panelas, má utilização do glp e velas) e curto-circuito, o plano buscava desenvolver ação preventiva para cada possível causa, noções de cidadania, conscientização e educação.

Além disso, a estratégia previa a melhoria de acessos para o combate ao fogo, instalação de rede especial com hidrantes e pequenas estações de combate, e apontava ainda a necessidade de reformar as instalações elétricas e acessos nas palafitas. Assim, o plano deveria envolver além dos bombeiros e moradores, as concessionárias de água e esgoto (Sabesp) e energia elétrica (CPFL).

Quatro anos depois, uma audiência pública para discutir um plano municipal de prevenção e combate a incêndio em favelas, também proposta da vereadora Cassandra, chegou a ser realizada. A ideia era ampliar o projeto piloto da Vila Butantã no intuito de evitar novas tragédias.

No entanto, parece que as sugestões não mereceram atenção das autoridades. Nem mesmo outros incêndios de grandes proporções, como o que destruiu 250 barracos na Vila Alemoa, em dezembro de 2006 e o que atingiu 200 moradias na Vila Telma, no ano passado, foram suficientes para convencer a Administração Municipal da necessidade de uma estratégia específica para as favelas.

Na opinião de Cassandra, o tema merece mais atenção da Câmara e do Ministério Público, que devem insistir com a Prefeitura na adoção de um plano preventivo, a fim de evitar que este tipo de ocorrência se transforme em rotina na Cidade.

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