segunda-feira, 4 de abril de 2011

Revolta e pavor no Campo Grande

Reunião convocada pela Comissão Especial de Vereadoras (CEV) que acompanha os impactos dos grandes empreendimentos imobiliários, com a participação de um representante da Secretaria Municipal de Edificações,  constatou, na sexta-feira (dia 1), a indignação e o pavor dos moradores vizinhos à obra da torre residencial Palácio de Sintra, no Campo Grande.

As principais reclamações são de rachaduras, desprendimento de azulejos, danos nas instalações hidráulicas, além de ruídos e vibrações em níveis insuportáveis na área das ruas Espírito Santo, Arnaldo de Carvalho e Amazonas. Tudo provocado pela cravação de estacas da obra, iniciada no final de março.

Os moradores estão revoltados principalmente com a postura do responsável pelo empreendimento, que não aceita diálogo e se recusa a alterar a tecnologia de cravação adotada: bate-estacas antigos (do tipo que funciona por gravidade), e estacas do tipo pré-moldado, de concreto, com seção poligonal. A justificativa apresentada pelos especialistas que acompanham a execução das fundações é de que a resistência do solo é superior à esperada, conforme as sondagens realizadas.


O curioso desse mais novo capítulo dos seguidos episódios de transtornos causados por grandes empreendimentos em construção na Cidade é que o projeto do Palácio de Sintra foi aprovado pela Prefeitura no mês anterior à entrada em vigor da lei de controle de impactos de obras com execução de fundações profundas, proposta da vereadora Cassandra Maroni Nunes.

Vale destacar que além do compromisso imediato de intermediar o conflito instalado no Campo Grande e apoiar os moradores, os vereadores têm nos próximos meses a chance de tratar do assunto de forma mais ampla durante o processo de revisão do Plano Diretor, quando questões como a verticalização de Santos estarão em discussão no Legislativo.

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