sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Recado ao Fifi: olhe para cima quando passar pelo Paço Municipal

E falando em marquises e em mutirão de fiscalização da Prefeitura, lembro perfeitamente de uma das matérias do jornal A Tribuna sobre o assunto. O texto foi publicado antes de a Prefeitura colocar os fiscais nas ruas, começando pelo Centro, onde uma marquise caiu e matou um homem no dia 29 de janeiro. Aliás, a decisão de intensificar a fiscalização me pareceu que foi uma resposta dada a tal matéria.

Na reportagem, o secretário de Infraestrutura e Edificações, Antonio Carlos Silva Gonçalves, também conhecido como Fifi, argumentava que a fiscalização realizada pela Prefeitura era suficiente e que por isso não seria alterada. A mesma matéria ainda explicava como era feita uma vistoria: “ela é aleatória e o laudo é cobrado somente quando um técnico da Prefeitura suspeita visualmente de alguma falha”, publicou A Tribuna. Atente para o detalhe do visualmente.

Se a fiscalização é baseada no visual, cabe aqui um recado ao secretário Fifi: quando passar pelo Paço Municipal, olhe para cima. Algumas das sacadas do imponente Palácio José Bonifácio, inaugurado em 1939, estão com as ferragens aparentes (por baixo da estrutura). Ou seja, visualmente dá para perceber que a coisa ali não está legal.

Longe de mim ser especialista ou ter qualificação para afirmar se o estado em que se encontram é suficiente para que caiam na cabeça de alguém. Mas uma coisa é fato: se a umidade colabora para o processo de corrosão das ferragens que seguram as marquises e sacadas, as do Paço vivem molhadas. Muitos dos aparelhos de ar-condicionado, que neste período do ano passam quase todo o dia ligados, pingam justamente sobre as sacadas. Por causa dessa água constante que é despejada diariamente sobre alguns pontos da edificação histórica, há trechos da parede do palácio que estão até mudando de cor.

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