quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Grupo de geólogos quer produzir mapa de subsuperfície de Santos

Mapear as camadas do solo de Santos e produzir um documento que auxilie as construções futuras da cidade. É o que pretende um grupo de geólogos, técnicos e pesquisadores da Petrobras, e das universidades, em conjunto com a Prefeitura.

O anúncio da produção do primeiro mapa de subsuperfície do município foi
feito no plenário da Câmara de Santos, pela vereadora Cassandra, que é geóloga. Ela é uma das profissionais fomentadora da proposta.

Segundo Cassandra, a idéia é lançar as bases do projeto, "que é extremamente ambicioso", durante o Congresso Brasileiro de Geologia, que acontecerá em Santos entre os dias 30 de setembro e 4 de outubro.

Para construir o mapa de subsuperfície da cidade "nós pretendemos aproveitar todas as sondagens que o boom imobiliário produziu, transformar isso em conhecimento geológico, correlacionar e estudar um pouco melhor as várias oscilações do nível do mar num passado geológico recente e estudar o ambiente costeiro", explicou Cassandra.

Por isso, o grupo de profissionais à frente do projeto pretende dialogar com a Associação de Construtores da Baixada Santista, com o Sindicato da Construção Civil, e com as empresas que fazem as sondagens na cidade.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

As liberdades individuais são tão importantes quanto as públicas

A tese de que é preciso preservar e respeitar a intimidade de cada cidadão, conforme já previsto na Constituição Federal, foi defendida pela vereadora Cassandra na sessão de segunda-feira (dia 17) durante o debate de um projeto de lei complementar que quer obrigar toda edificação comercial e plurihabitacional a instalar câmera de segurança externa focada para a calçada do imóvel.

Assinalando o que chamou de "desabafo pessoal", Cassandra disse que está cansada de ser vigiada e que não é bandida. “Na rua tem câmera, no banco tem, em tudo quanto é lugar. Eu acho que o direito a intimidade e a individualidade é um direito importante. Nós não podemos em nome da segurança pública tratar todo cidadão e toda cidadã como bandido, e vigiar a vida alheia”.

Segundo a vereadora ficou convencionado que filmar as pessoas onde quer que elas estejam é normal. O que ela discorda.

“Tenho o direito de andar na minha rua e chegar na minha casa a hora que eu quiser. E eu não devo satisfação para ninguém. Isso é um direito. A menos que eu esteja incomodando alguém. Aí existe um conjunto de regras, existe um aparato gigantesco de leis que regulam essas relações. Mas as liberdades individuais, para mim, são tão importantes quanto as públicas”.

Cassandra votou contra o projeto, mas esclareceu que sua posição não tinha relação com o desabafo a respeito das liberdades individuais. A discordância, explicou a parlamentar, está relacionada ao fato de regras como essa encarecerem ainda mais as moradias.

Vale destacar que o projeto não faz diferença de padrão, obrigando igualmente tanto edifícios construídos para moradia de interesse social, quanto os de luxo a terem as câmeras de monitoramento.

"Nós não podemos aqui nesta Casa contribuir para o encarecimento das moradias. São decisões que a gente tem que deixar para cada condomínio tomar. Se vai querer cuidar da sua segurança com câmera de vídeo, se vai colocar segurança armado, se vai colocar guarda de rua. Sempre cobrindo o buraco da segurança pública, obviamente. Então a minha discordância é essa com o projeto".

domingo, 16 de setembro de 2012

Canais 1, 2, 7 e 8 estão contaminados por esgoto

A estiagem das últimas semanas, associada as comportas dos canais fechadas, contribuiu para aumentar a concentração de esgotos onde só deveria haver águas pluviais. Vistoria nos canais 1, 2, 7 (Avenida Francisco Manoel) e 8 (Avenida Moura Ribeiro) revelou infestação por plantas aquáticas e outras espécies que indicam excesso de carga orgânica. 

O cenário preocupante resultou em requerimento da veadora Cassandra. Ela quer saber que providências a Prefeitura está tomando para fiscalizar e eliminar as fontes de poluição. 

A parlamentar quer saber também se a Prefeitura tem controle sobre o desempenho da rede de coleta de esgotos dos morros de Santos, em especial do Marapé e do Jabaquara, possíveis origens da carga orgânica despejada nos canais vistoriados. Cassandra ainda questiona se a Prefeitura sabe quantas moradias não estão ligadas às redes de esgotos.

A vereadora contou que quando integrava o grupo de morros, na década de 90, para provar à Sabesp que as redes de esgotamento nestes locais eram necessárias e viáveis, "nós mesmos (a Prefeitura) começamos a fazer redes emergenciais. Fizemos redes praticamente clandestinas para provar aos técnicos que era possível. Para nossa alegria, a Sabesp adotou o mesmo modelo, um pouco mais elaborado, aceitou a rede do José Menino e do Marapé, e começou a fazer outras. No entanto, essas redes são bastardas até hoje. Foram feitas, mas não têm manutenção".

Daí, segundo Cassandra, a possibilidade da carga orgânica nos canais revelada pelas algas e plantas aquáticas que se multiplicam, ser originada nos morros.

Por isso, Cassandra cobra providências imediatas da Sabesp para que a descarga de esgotos nos canais de drenagem seja interrompida. Ela também quer que o presidente da Companhia, João César Queiroz Prado, providencie a manutenção nas redes dos morros de Santos e a ligação das moradias que ainda não contam com o sistema de esgoto.

O requerimento da vereadora e as fotos dos canais obtidas nas vistorias realizadas nos dias 5, 6 e 12 serão encaminhadas ao Ministério Público das áreas de Urbanismo e Meio Ambiente. Para ver mais imagens, Cassandra recomenda a leitura do blog Olhar Praiano, do arquiteto  e urbanista José Marques Carriço, clicando nos links abaixo:

Canal 1: o sistema de misturação absoluta

O assoreamento do canal da Avenida Moura Ribeiro

Canal da Av. Moura Ribeiro recebe produtos químicos e óleo

A poluição dos canais: colaborando com a Sabesp e com a Prefeitura

O encontro das águas

Na Vila Belmiro não é só o campo do Peixe que é verde. No canal do Jabaquara o mau cheiro evidencia a contaminação por esgoto

As prováveis origens da contaminação dos canais 1, 2, e 7 na Vila Belmiro, Vila Mathias e Jabaquara

VLT: estragos e desapropriações


Após ter acesso ao projeto da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) para o ramal Avenida Conselheiro Nébias-Valongo do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), a vereadora Cassandra apresentou requerimento solicitando informações à Prefeitura e à EMTU.

Isso porque da forma como está descrito e demonstrado nos mapas, o traçado implicará na relocação da linha do bonde turístico inaugurada em 2009, nos trechos das Ruas do Comércio e Vasconcelos Tavares, e na Praça Rui Barbosa.

Também obrigará a implantação de trilhos na recém pavimentada Rua Amador Bueno, e a desapropriação de alguns imóveis na Avenida Conselheiro Nébias, na Rua Marques do Herval e em outros locais, para atender a curvatura do equipamento.

Cassandra quer saber da Prefeitura quanto vai custar a relocação da linha do bonde turístico, e também a implantação dos trilhos na via que foi recentemente asfaltada. "O VLT é um sonho. Mais que isso é uma necessidade. Mas não venha inventando coisa sem conversar conosco, com a população. Isso aqui não é a casa da mãe Joana", reclamou a vereadora em plenário, irritada com a postura do Governo do Estado, responsável pela implantação do VLT.

No mesmo requerimento, Cassandra também pergunta ao presidente da EMTU, Joaquim Lopes, se há estudos de alternativas que evitem a intervenção em áreas urbanizadas recentemente, e desapropriações de imóveis. 

Cassandra solicita ainda que a promotoria de Urbanismo e Meio Ambiente do Ministério Público seja informada dos fatos.

Para conhecer mais detalhes do projeto e dos estragos previstos, Cassandra recomenda a leitura do blog Olhar Praiano, clicando nos links abaixo:

VLT: polêmica a vista!

O trajeto do VLT no Centro de Santos

As desapropriações do ramal Conselheiro Nébias-Valongo do VLT

Cassandra quer profissionais qualificados nas prefeituras da Baixada Santista para a atualização dos mapas de riscos

O Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR) deve ser atualizado anualmente. Para isso, o ideal é que as prefeituras tenham pessoal capacitado, e não que dependam de outros órgãos para a atualização. Quem defendeu a proposta foi a vereadora Cassandra, que é geóloga e participou do Seminário Regional da Defesa Civil, realizado na Associação Comercial de Santos nesta semana (dias 12 e 13).

Cassandra falou aos participantes do evento sobre a importância dos mapeamentos locais de riscos para fins de gerenciamento. De acordo com a vereadora, alguns municípios da Baixada Santista sujeitos a risco geológico estão com o PMRR vencido. "Esses levantamentos valem por um ciclo chuvoso", ou seja, por um ano. Depois, devem ser atualizados. 

De acordo com Cassandra, o mapa de risco "além de ser o melhor amigo da Defesa Civil, serve para planejar e controlar a ocupação". Entre as utilidades do mapeamento estão o suporte nas ações preventivas, nas operações do Plano de Prevenção da Defesa Civil, e na educação para a proteção da população. 

"Para a tomada de decisão nós nos baseamos no mapa de risco. Ele nos dá a certeza técnica, por exemplo, da necessidade de remoção". Para realizar ações de respostas a desastres naturais e planejar reconstruções, o mapa de riscos também é uma ferramenta importante.

A exposição de Cassandra foi seguida pela apresentação da geóloga e pesquisadora do Instituto Geológico (Secretaria de Meio Ambiente do Estado), Lídia Keiko Tominaga. Ela também reforçou a necessidade de renovação constante do PMRR. 

"O mapeamento tem validade de um ano mesmo. A demanda vem aumentando e o Estado não dá conta de atender todos os municípios. Então, o município tem que tomar sim a responsabilidade pelas áreas de risco. Agora com a Lei Federal 12.608 (Lei Nacional de Proteção e Defesa Civil), o município vai ser cobrado. Então o que a agente está querendo mesmo é que o município tenha pessoas capacitadas para isso".

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Esgoto, restos da construção civil e produtos químicos. Tudo no Canal 1

O blog Olhar Praiano, do arquiteto José Marques Carriço, que é assessor da vereadora Cassandra, vem publicando uma série de textos e fotos que mostram o estrago no Canal 1. Vistoria em todo o trajeto da Avenida Pinheiro Machado, e também nos canais que desaguam no 1, constatou que o canal está infestado de algas, resultado de material orgânico, ou seja, de esgoto. 

Além disso, o canal da Avenida Moura Ribeiro tem recebido restos de material da construção civil, como areia, por exemplo, e produtos químicos. O destino de tudo isso? O mar.


Vale a pena conferir as imagens e a análise no Olhar Praiano.





Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...